As dores alheias podem parecer tragicômicas e superficiais ou tocar o âmago e autenticar sua identidade. A mais profunda dor é difícil de ser transmitida, ela vaga entre o sujeito e o "eu", é personalíssima. Mas as dores passageiras, mesmo que substanciais, são mais facilmente encaixadas, elásticas a outrem. Essas ainda têm saída, as pessoas se sujeitam a ler, a tentar compreender.
Tenho estado tão feliz que não reconheco dor alguma. Elas parecem, hoje, tragi-ridículas. Nem a minha própria dor eu tenho enxergado como verdadeira. O que passou é agora mais do que ontem, uma quase ficcão, um sentimento alienígena.
O eixo mudou o foco, a noite virou dia, as pálpebras se abriram para um novo amanhecer...
Um comentário:
O melhor é rir de tudo que passou, e ainda descobrir que o que mais incomoda os outros é a alegria suprema e não a dor profunda.
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