segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Onírica

A tragédia de Nietzsche nos retrata uma visão onírica de conflito artístico, nos levando a crer que a antítese apolínea-dionísica é a clássica forma da tragédia. A idéia apolínea nos remete ao belo, à de harmonia das formas, e nos desafia com sua própria contradição da aparência perfeita, mistificada, oca. Enquanto a dionísica, nos dissolve e reduz à ingênua falácia do ideal superior (se sente Deus, tudo que vivia em sua imaginação, agora é o que percebe em si), é a desconstrução, a embriaguez.

Na verdade, a visão onírica repousa mais sobre a figura de Apolo, mas ainda pode ser alcançada através de uma reflexão sobre a filosofia de Dionísio: perceber o prazer como forma, como figura. Assim, transformamos a arte conceitual em realidade e vice-versa, ultrapassando os limites do poder idealista para transfigurar o conceito em matéria ou o homem em Deuses.

2 comentários:

A Gateira disse...

Não entendi porra nenhuma pqe fui ler "Niti" e não consegui (acho que eu estava num momento descontrol). Mas fico feliz que tenha voltado a blkogar. bj

Tess disse...

ahahaha, é preciso tentar ao menos, né?
Tenta ler com algumas longas pausas, assim a idéia passa por vários processos de maturação ;)