sábado, 4 de agosto de 2007

Não tô nem aí


Até quando vamos continuar essa conversinha de "cumadi"? Já está na hora de adentrar assuntos indigestos. Explico?
Sim, primeiro, esse blog é quase uma tentativa de conversar intimamente, uma válvula de escape para o cotidiano ficar menos piegas, é quase um falar com o universo e com ninguém ao mesmo tempo, porque nem sei se alguém lê isso aqui (ahh, se você leu isso, me dê algum sinal!! hehe).

Segundo, há uma tentativa de se sentir menos desatualizada, por toda essa ânsia pela tecnologia e o cruzamento rápido (infértil, muitas vezes) de informações. Sempre há uma nova esfera sendo criada por aí e parece que temos que fazer parte de tudo que acontece nesse mundo virtual desconexo. Não tem sentido, não sabemos para quê fazemos toda essa peregrinação nem onde chegaremos, mas o que importa é que estamos fazendo, certo? Não, mesmo. Me ocorre muitas vezes que as atitudes, as influências e os hábitos das pessoas "modernas" estão mudando tão drasticamente que serão convertidos em uma dependência por esse modelo insustentável (há controvérsias). Caminhamos para a deserção da nossa natureza. É que, na verdade, me parece efêmero participar disso tão de perto. Analisar a velocidade como as relações mudaram desde que nasci, pois vivi intensamente o processo analógico-digital, assim como muitos viveram outras revoluções. Esse processo tende a piorar, involuir, se auto-exterminar. Sou muito rigorosa com isso, tanto quanto aproveito essa nova experiência. Minha diversão está exclusivamente em rir das minhas previsões céticas e mal-humoradas da globalização do impossível.

Terceiro, sempre falo, mas todos acham que falo da boca pra fora: quero morar no mato, sem antenas, canais virtuais, alienação, quero viver intensamente a minha natureza e do que está debaixo dos meus pés. Parar de criar vida onde não há. Nunca fui um personagem de orkut, nem de msn. Sentir emoção por isso, é a neoloucura dos insatisfeitos, que vão continuar se multiplicando na mesma velocidade que se multiplica o distanciamento entre as pessoas.
E rir disso é o melhor remédio.

Um comentário:

Anônimo disse...

coletivo avance!!